Provámos já as amargas gotas de sol,
a evaporação dorida dos rios dessa poeira que acumulamos
nos pulsos, sem sabermos o poder de uma memória.
Assim caminhamos, onde a treva ocupa os ombros
e os pés perdem o sentido do chão e da viagem.
Cada rosto, um enigma de linhas.
Cada amor, um abismo nas mãos.
A palavra que erguemos, muralha de água que o vento
desfaz e expõe ao uso de tempo.
Faremos abrigos no relento de nós mesmos.
Haverá uma visão terrível quando olharmos a nossa própria nudez.
Virá então o fogo para acender um outro dia fundamental.
Vasco Gato
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário