quarta-feira, 18 de março de 2009

O Silêncio

Quando a ternura
parece já do seu ofício fatigada,

e o sono, a mais incerta barca,
inda demora,

quando azuis irrompem
os teus olhos

e procuram
nos meus navegação segura,

é que eu te falo das palavras
desamparadas e desertas,

pelo silêncio fascinadas.

Eugénio de Andrade

2 comentários:

Maria disse...

Este poema é lindíssimo, Joana. Todos os do Eugénio o são...

Beijinho

Leticia Gabian disse...

Lindo, lindo, como linda és tu, Jojô!
Muitas beijocas grandes