"E se inventássemos o mar de volta? e se inventássemos partir, para regressar? Partir e aí nessa viajem ressuscitar da morte às arrecuas que me deste. Partida para ganhar, partida de acordar, abrir os olhos, numa ânsia colectiva de tudo fecundar, terra, mar, mãe… Lembrar como o mar nos ensinava a sonhar alto, lembrar nota a nota o canto das sereias, lembrar o depois do adeus, e o frágil e ingénuo cravo da Rua do Arsenal, lembrar cada lágrima, cada abraço, cada morte, cada traição, partir aqui com a ciência toda do passado, partir, aqui, para ficar…"
(José Mário Branco, FMI)
(José Mário Branco, FMI)
2 comentários:
... partir, aqui, para cumprir!
Beijinho, Joana
A força da tua voz é um passo de bailarina
O sorriso de dar um beijo
O olhar de eterna menina
Um rio que corre, pode ser o Tejo
Um mar que dorme, pode ser o amor
Um canto de ave, no vento, a nu.
A força da tua voz és tu!
A força da tua voz é um grito de fera
As rugas do tempo e da luta
A chaga que abriu uma nova Primavera
Um trovão, a lágrima enxuta
Uma onda, sémen e gravidez
Um corpo que ama, nu.
A força da tua voz és tu!
A força da tua voz é um laço
Feito de ternura e vontade
Carregado deste poema que faço
Direitinho ao teu colo de amizade
Pode ser novo, de mansinho
Uma revolução permanente, a nu.
A força da tua voz és tu!
Joana, nunca te cales!
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